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A Queda da Igreja: Da Luz para as Trevas

Conteúdo

Introdução

No estudo que se segue, exploraremos uma jornada inquietante, que começa com a pureza da fé cristã e culmina na corrupção sistemática da verdade: “A Queda da Igreja: Da Luz para as Trevas”. Iremos examinar como, desde os dias apostólicos, o espírito do anticristo se infiltrou entre os crentes, corrompendo a simplicidade do evangelho de Cristo e promovendo um sistema de crenças baseado em tradições humanas. Acompanharemos o desenvolvimento desse processo ao longo dos séculos, observando como a união entre Igreja e Estado contribuiu para a ascensão de um poder religioso-político que distorceu a verdade bíblica. Investigaremos as práticas pagãs que foram gradualmente incorporadas ao cristianismo e como isso afetou a doutrina, o culto e a missão da Igreja. Também buscaremos compreender o papel profético dessa queda à luz das Escrituras e por que é fundamental, hoje, discernir entre a tradição dos homens e os mandamentos de Deus.

Sugiro a Leitura Prévia:

Reconhecendo a Sinceridade dos Fiéis Católicos

Ainda que, nos estudos anteriores, falamos sobre o cumprimento das profecias que tratam da última besta, é necessário deixar claro que, mesmo sabendo que a Igreja foi autora das mais horríveis crueldades e heresias na Idade Média, não seria justo, nem bom, culpar os católicos de hoje pelo que fizeram seus antepassados nas cruzadas ou na Inquisição.

Muitas pessoas, desde a infância, participam ativamente da vida na Igreja Católica e cumprem com zelo os seus deveres, dentro e fora da comunidade religiosa. Para muitos, a chegada do domingo é motivo de alegria, pois é quando se reúnem para celebrar a missa e adorar a Deus. Alguns têm orgulho de pertencer ao coro da igreja e se encarregam de diversas atividades em prol do bem-estar coletivo. Com amigos da congregação, participam de retiros espirituais, compartilham dificuldades e temores, e encontram apoio mútuo e verdadeiro descanso para a alma. Essas experiências de comunhão e amizade são lembradas com carinho e gratidão.

É possível afirmar, por convivência e observação, que a grande maioria dos filhos de Deus está presente também na Igreja Católica Romana. É admirável a demonstração de amor e devoção que muitos demonstram pelo próximo. Há sacerdotes que renunciam ao conforto do lar em busca de comunhão com Deus, vivendo na pobreza e na abnegação. Monges rejeitam o luxo, a vaidade e os prazeres do mundo, dedicando-se de coração ao serviço ao próximo, sem medir sacrifícios. São pessoas que, em muitos aspectos, oferecem um testemunho inspirador, inclusive para aqueles que se apresentam como mensageiros da verdade para este tempo.

A Verdade Deve Ser Proclamada com Amor e Responsabilidade

Esses exemplos são citados para reforçar que, ao tratar de questões relacionadas à Igreja, o objetivo não é atacar indivíduos sinceros, mas sim expor os erros introduzidos por aqueles que, ao se infiltrarem no cristianismo, corromperam a fé e as doutrinas transmitidas pelos santos apóstolos. Deus tem uma mensagem de verdade a ser anunciada ao mundo (veja Apocalipse 14:6-12), e, nos dias finais da história, é essencial que o erro seja desmascarado, para que, no tempo da prova, os habitantes da Terra possam tomar uma decisão consciente e viver. O texto a seguir ajuda a compreender o sentido dessa responsabilidade e o motivo pelo qual essa mensagem precisa ser proclamada:

Ezequiel 3:10-11; 33:2-6 – “Disse-me mais: Filho do homem, coloca no coração todas as minhas palavras que te hei de dizer e ouve-as com os teus ouvidos. Eia, pois, vai aos do cativeiro, aos filhos do teu povo, e lhes falarás, e lhes dirás: Assim diz o Senhor Jeová, quer ouçam, quer deixem de ouvir. […] Filho do homem, fala aos filhos do teu povo e dize-lhes: Quando eu fizer vir a espada sobre a terra, e o povo da terra tomar um homem dos seus termos e o constituir por seu atalaia; e, vendo ele que a espada vem sobre a terra, tocar a trombeta e avisar o povo; se aquele que ouvir o som da trombeta não se der por avisado, e vier a espada e o tomar, o seu sangue será sobre a sua cabeça. Ele ouviu o som da trombeta e não se deu por avisado, o seu sangue será sobre ele; mas o que se dá por avisado salvará a sua vida. Mas, se, quando o atalaia vir que vem a espada, não tocar a trombeta, e o povo não for avisado; se a espada vier e levar uma vida dentre eles, este tal foi levado na sua iniquidade, mas o seu sangue demandarei da mão do atalaia“.

O Espírito do Anticristo

A Queda da Igreja e o Anticristo

O apóstolo João, o único que utilizou o termo “anticristo“, nunca o aplicou a um único indivíduo, mas a um grupo de indivíduos que já estava presente em seus dias:

1 João 4:1-3 – “Amados, não creiais em todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo… mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo

2 João 1:7 – “Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo

O apóstolo Paulo também afirmou que o espírito do anticristo já estava presente em seus dias:

2 Tessalonicenses 2:7 – “Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado…

De onde João diz que sairiam esses enganadores, falsos profetas ou anticristos?

1 João 2:18-19 – “Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é já a última hora. Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós

Conclusões Importantes sobre o Anticristo e a Queda da Igreja

Com base no texto anterior, podemos tirar as seguintes conclusões:

  • O “mistério da iniquidade” ou “espírito do anticristo” já se encontrava presente no primeiro século da nossa era. Tal era a velocidade com que esse mal se espalhava, que João chegou a pensar que aquele já era o fim dos tempos.
  • Ainda que o anticristo estivesse presente, havia algo que o detinha, impedindo sua manifestação aberta.
  • João identificou o anticristo como um movimento, e não como uma pessoa em particular.
  • Os “falsos profetas” e “enganadores” são o anticristo que haveria de vir.
  • Muitos desses indivíduos foram, em algum momento, dirigentes da Igreja – mas apostataram.

Ensinamentos Adulterados

Paulo, em uma carta escrita aos coríntios, explicou que esses enganadores se caracterizavam por fazerem uma competição desleal contra os verdadeiros apóstolos. Eles se apresentavam nas igrejas como “grandes apóstolos” e pregavam um evangelho e um Jesus adulterados:

2 Coríntios 11:3-5 – “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam, de alguma sorte, corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo. Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis. Porque penso que em nada fui inferior aos mais ‘excelentes apóstolos’

2 Coríntios 11:13-15 – “Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras

Ao contrário do que qualquer pessoa possa pensar, esses falsos apóstolos não eram grosseiros nem arbitrários. Para ganhar o apoio dos fiéis, apresentavam-se como verdadeiros cristãos. Seus modos e palavras eram suaves e agradáveis. Sua presença carismática e aparência eliminavam as suspeitas e os preconceitos. Assim, segundo Paulo, conquistaram muitos adeptos dentro da Igreja cristã:

Romanos 16:17-18 – “E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles. Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam os corações dos simples

Paulo Deixou uma Advertência

Em uma de suas viagens missionárias, durante uma reunião de despedida em Mileto, Paulo disse aos presbíteros que residiam ali:

Atos 20:29-30 – “Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão lobos cruéis, no meio de vós, que não perdoarão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si

O problema se generalizou. De todas as partes vinham notícias sobre essa obscura infiltração. Paulo, em uma carta aos cristãos da Galácia, mostra que naquela região a apostasia havia chegado a tal ponto que a situação praticamente havia saído de controle:

Gálatas 1:6-7 – “Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho,
o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo

Essa situação levou os discípulos a advertirem o povo sobre o iminente perigo de aceitar as ideias desses falsos apóstolos:

Judas 3-4 – “Amados, […] tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. Porque se introduziram alguns […] homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo“.

Gálatas 1:8-9 – “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo: se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema

Enquanto “o espírito do anticristo” esteve detido, o Evangelho pôde estender-se por todo o mundo conhecido, e milhares puderam receber o amor da verdade para serem salvos. No entanto, a obra dos impostores, cedo ou tarde, haveria de dar os seus frutos.

A Queda da Igreja

A Advertência Profética de Daniel 7

Os apóstolos conheciam a profecia de Daniel 7 e sabiam que uma grande divisão haveria de transtornar o povo de Deus. Sabiam que, finalmente, da própria Igreja se levantaria “um rei de rosto feroz e conhecedor de mistérios“, o qual aproveitaria sua influência eclesiástica para “lançar por terra a verdade” (Daniel 8:23,12;  7:25). As declarações a seguir, dos apóstolos Pedro e Paulo, deixam claro que eles esperavam o cumprimento dessa profecia:

2 Timóteo 4:2-5 – “… redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; […] amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas“.

2 Pedro 2:1-3 – “E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição… E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade

É claro, os apóstolos sabiam que algo grave iria ocorrer dentro da Igreja. “A verdade“, como dizia a profecia de Daniel 7, seria logo “lançada por terra“.

A Atuação de Constantino e a Queda da Igreja

No início do século IV, a antiga semente de iniquidade que havia sido semeada no seio da Igreja cresceu até dar seus maus frutos. Constantino, imperador do Império Romano, vendo que os problemas políticos e sociais do seu império apontavam para o iminente colapso de seu reinado, formulou várias estratégias para deter o caos. Entre elas, decidiu parar a perseguição contra os cristãos e oferecer-lhes postos importantes em seu governo, com o objetivo de tê-los a seu favor.

Com esse decreto, ele uniu a Igreja ao Estado – uma união que haveria de trazer terríveis consequências:

No decreto de Tolerância [de Milão], do ano 313, proclamava-se pela primeira vez, para todo o Império Romano, a liberdade individual de religião… Os bispos obtiveram consideração e alguns direitos semelhantes aos senadores. A Igreja passou a ser pessoa jurídica, com capacidade para receber legados. Em contrapartida, a Igreja ficava intimamente ligada ao Estado… Terá que esperar até a Idade Média para contemplar as consequências de tal união” – História Universal, tomo 3, pág. 172, Carrogio

Edito de Milão
(A fotografia mostra a imagem comemorativa do Edito de Milão)

Religião e Política Não Podem Se Misturar

Jesus Cristo havia ensinado com clareza que a religião e a política não deviam misturar-se:

Lucas 20:25 – “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus

Quando os cristãos começaram a receber honras e considerações mundanas, quando passaram a ter autoridade para governar e promulgar leis, iniciou-se uma busca pelo poder, com o objetivo de obrigar o mundo inteiro a unir-se à sua religião:

No ano 319… o povo cristão, até então perseguido, iniciou a destruição dos locais de culto pagãos. Logo os cristãos se encontravam ocupando os cargos mais altos do Império. O próprio Constantino entregou ao bispo de Roma, para sua residência, o palácio do Laterano (Letrán), com o qual colocava o Papa em uma posição de destaque, inclusive do ponto de vista profano” – História Universal, tomo 3, pág. 172, Carrogio

Posição do Pontífice o Papa

As palavras de Jesus em Mateus 6:24: “Não podeis servir a Deus e às riquezas” foram ignoradas.

A mesma porta que permitiu a entrada do orgulho, do luxo e do poder também permitiu a saída da pureza e da sinceridade do evangelho. Milhares de adeptos pagãos foram incorporados à Igreja pela força e, com eles, introduziram-se as fábulas e a idolatria. A santa doutrina foi gradualmente abandonada, e heresias foram aceitas:

A condenação [contra os pagãos]… não fez desaparecer todos os cultos que tinham milhares de anos de história antes deles. Podemos provar [isto]… por documentos antigos como os de Máximo em Turim, e também por inevitáveis sobrevivências dos antigos deuses nos cultos de santos que haviam ocupado seus lugares” – História da Humanidade, tomo 2, pág.752, Editora Planeta.

A Igreja Vai da Luz Para as Trevas

Durante essa fase, a Igreja entrou em um triste processo de degradação. O culto às imagens dos santos deu livre expressão à idolatria e ao fetichismo dentro do cristianismo. Ainda hoje, podemos ver muitos cristãos carregando imagens de “santos“, “cristos” e “virgens” em procissões pelas ruas – da mesma maneira que os pagãos da antiga Roma faziam com seus deuses:

Dificilmente podiam conter-se quando observavam… aos fanáticos que se automutilavam nas celebrações em honra à deusa Cibeles, a ‘grande mãe’, cuja imagem, adornada com flores, passeava pelas ruas” – História Universal, tomo 8, pág.140, Nauta.

Imagens eram Proibidas

A fabricação de imagens e a prática de procissões são claramente proibidas pelas Escrituras, como podemos ver nas seguintes passagens:

Salmos 115:3-8 – “Mas o nosso Deus está nos céus; faz tudo o que lhe apraz. Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não veem; têm ouvidos, mas não ouvem… Têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta

Isaías 46:5,7 – “A quem me fareis semelhante, e com quem me igualareis, e me comparareis, para que sejamos semelhantes? Sobre os ombros o tomam, o levam e o põem no seu lugar; ali está, do seu lugar não se move; e, se recorrem a ele, resposta nenhuma dá, nem livra ninguém da sua tribulação

Vestes e Ornamentos do Culto Pagão

Outra evidência da infiltração do paganismo pode ser observada nas vestes adotadas pelos dirigentes da Igreja. Eusébio (265-340 d.C.), o famoso bispo de Cesareia, declara o seguinte em um de seus livros:

Com o propósito de apresentar o cristianismo de uma forma mais atrativa aos gentios, os sacerdotes adotaram as vestimentas e ornamentos exteriores do culto pagão” – Eusébio de Cesaréia, Vida de Constantino, Citado em Credos Contemporâneos, pág. 66, Daniel Scarone, UNAC.

Vestimentas e Ornamentos Católicos

Um dos mais significativos ornamentos incorporados foi a mitra de dupla ponta, que atualmente o Papa e os bispos romanos utilizam. Essa peça tem origem nas vestimentas dos sacerdotes de Dagón (Dag-on. Este nome em hebreu deriva da palavra dag que literalmente significa peixe. Este deus é mencionado em Juízes 16:23 e 1 Samuel 5:2), o deus-peixe dos babilônios. Segundo descreve o famoso arqueólogo inglês Austen Henry Layard, o sacerdote de Dagón usava um manto especial em forma de peixe. A cabeça, com a boca aberta na parte superior, formava um gorro, do qual caía um manto que cobria completamente as costas (Austen Henry Layard, Babilônia e Nínive, pág. 343).

Sumo Pontífice de Babilônia

Rituais ao “Deus Sol”

A falta mais grave, porém, foi a introdução na Igreja de símbolos e cerimônias provenientes dos rituais de adoração ao deus sol (para Deus esta é a pior de todas as abominações. Leia Ezequiel 8:6-16). A Ceia do Senhor, por exemplo, deixou de ser celebrada com a partilha de um pão comum e passou a ser representada pela ingestão de uma hóstia com a forma e a cor do sol.

Eucaristia
(Nota: O desenho que comprova isso encontra-se no “Catecismo Católico Explicado”, do Padre Eliecer Salesman, pág. 254.)

A Troca do Dia de Repouso

Além disso, o verdadeiro dia de repouso cristão – o sábado – foi deixado de lado. Em seu lugar, por decreto, ordenou-se a observância dos dias que os pagãos consagravam à adoração solar, como o domingo e o Natal. Os textos a seguir confirmam a origem dessas festividades e como foram introduzidas no cristianismo:

Sol Invicto… os fiéis festejavam o nascimento de Mitra em 25 de dezembro e guardavam o Domingo” – E. Royston Pike, Dicionário das religiões, pág. 322. Esta mesma declaração é sustentada por John Romer no vídeo “El Coloso de Rodas” da série “As Sete Maravilhas do Mundo” do Discovery Channel.

Inclusive, a própria Igreja Católica reconhece:

Jesus… observou o Sábado do mesmo modo que os demais preceitos da lei divina… Tão pouco os apóstolos deixaram de observar o Sábado…” – Enciclopédia da Religião Católica, tomo 6, pág. 871. Importante: Os cristãos, desde o princípio, se reuniram nos domingos para recordar a resurreição de Jesus (Justino, 100-165 d.C., Apologia da religião cristã I, 67) mas de maneira nenhuma deixaram de guardar o Sábado, mesmo que alguns dos “anticristos” infiltrados no seio da cristandade o tenha feito (São Inácio de Antióquia, 35-107 d.C., Ad Magnesios 9, 1-2). Este mesmo está atestado pelo Novo Testamento onde se afirma que os apóstolos se reuniam no templo todos os dias (Atos 2:42, 46) inclusive no domingo (Atos 20:7,8), mas guardavam o Sábado da mesma maneira que o fez Jesus (Atos 16:13, 14; Atos 13:43, 44). Muitos cristãos, não católicos, citam Colossenses 2:14-16 para “provar” que o Sábado do Senhor foi abolido, mas não compreendem que ali está falando dos Sábados ceremoniais da antiga lei mosaica, as quais haviam sido acrescentadas para poder oferecer os holocaustos no ritual do santuário (compare com 1 Crônicas 23:29-32). O Glossário da versão Reina-Valera 1995 reconhece: “Por seu significado de «dia em que não se trabalha», se chamava também sabat [Sábado] aos dias de grande festividade religiosa que nem sempre caíam no sétimo dia da semana (Levítico 16.29-31; 23.24, 32, 39)“.

Durante os três primeiros séculos, o domingo foi um dia de trabalho como qualquer outro… Somente no ano 321, por decreto do imperador Constantino, o domingo se converteu em dia de descanso…” – P. Vincent Ryan, O Domingo, dia do Senhor, pág. 91, Ediciones Paulinas, 1986.

Constantino… venerava o Sol Invicto, ‘deus salvador’, ‘deus único e supremo’. Seus soldados recitavam, no domingo – dia da luz e do sol – uma oração ao astro sem rival” – Juan M. Pacheco S. J. (Sacerdote Jesuita), História da Igreja, pág. 51, Bedout. (A fotografia foi tirada do Catecismo Católico Explicado, do Padre Eliecer Salesman, pág. 142).

Tudo o que estava escrito para o sábado nós o mudamos para o domingo… Nesse dia, que é o dia da luz, o primeiro e verdadeiro sol…” – Eusébio de Cesaréia (265-340 d.C.), Comm. In Ps. 91: PG 23, 1172. Citado em El domingo fiesta de los cristianos, pág. 86, Julián López Martín. Biblioteca de Autores Cristãos. Este livro tem licença do Bispado de Zamora, Espanha. 1991.

Na nova lei se guarda o domingo em lugar do sábado, não em virtude de um mandato divino, mas por uma constituição eclesiástica” – São Tomás de Aquino(1225-1274), Summa Th. II-II q.122 a.4. Id, pág. 148.

Como você prova que a Igreja Católica tem poder para ordenar festas e dias de guarda? Resposta: Pelo mesmo fato de haver mudado o sábado pelo domingo, mudança que os próprios protestantes reconhecem. Portanto, se contradizem, guardando o domingo estritamente e quebrando a maioria das outras festas ordenadas pela mesma Igreja” – Manual da Doutrina Cristã, Daniel Ferris, pág. 67. Reflexão:  Mateus 15:3, 8-9.

Para concluir, reflitamos nas palavras do Senhor Jesus Cristo:

Mateus 15:3, 8-9 – “…Por que transgredis vós também o mandamento de Deus pela vossa tradição?…Este povo se aproxima de mim com a sua boca, e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens

Conclusão: Da Luz para as Trevas e a Queda da Igreja

Neste artigo, analisamos como a queda da Igreja, conforme profetizada nas Escrituras, resultou em uma profunda transformação na fé cristã, marcada pela introdução de doutrinas pagãs, distorção da adoração e comprometimento da verdade bíblica. Vimos como essa apostasia se manifestou ao longo dos séculos, principalmente através da influência de Roma, e como Deus, em sua fidelidade, sempre manteve um remanescente fiel à verdade. Essa reflexão nos convida a voltar às Escrituras, buscar a verdadeira adoração e permanecer firmes nos princípios divinos, mesmo diante das tradições humanas que tentam desviar o povo de Deus de seu propósito original.

Continue a Série desse Estudo em:

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