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As Duas Fases do Papado

Duas Fases Significativas do Papado

Conteúdo

Introdução

Neste estudo, exploraremos As Duas Fases do Papado, examinando os eventos históricos e proféticos que marcam seu surgimento, queda e posterior restauração. Vamos investigar como o papado ascendeu ao poder político e religioso, sofreu uma interrupção significativa e voltou à cena mundial com influência crescente. Ao longo da análise, compreenderemos os marcos que definem essas duas etapas, os fatores que contribuíram para sua transição e o que as Escrituras revelam sobre seu papel no cenário final da história.

Sugestão de Leitura Prévia:

https://biblianamao.com.br/no-limiar-do-tempo-do-fim-o-mais-grave-ataque-o-vigario-de-cristo

As Duas Fases do Papado

A Bíblia afirma que a besta passa por duas fases de grande poderio ao longo da história, separadas por um período de inatividade política. Estudemos em detalhes os eventos que marcaram o início e o fim de cada uma dessas fases:

Primeira Fase

Ao estudarmos o surgimento do papado, observamos que ele haveria de se consolidar durante o período das invasões bárbaras, entre os anos 378 e 476 d.C. Com surpreendente exatidão, verificamos que esse poder surgiu apenas dois anos após os visigodos se estabelecerem ao sul do Danúbio, e se consolidou como autoridade suprema na Europa a partir do ano 538 d.C., por decreto do imperador Justiniano.

A profecia revela que, a partir de então, o papado reinaria por um período de “tempo, tempos e metade de um tempo“, equivalente a “três anos e meio, 42 meses ou 1260 dias” (Daniel 7:25; Apocalipse 13:5; Apocalipse 12:14,6). Considerando que, nas profecias, um dia profético equivale a um ano literal (Ezequiel 4:6; Números 14:34. Mais adiante estudaremos a profecia das setenta semanas de Daniel 9:24-27, onde a validade do princípio “dia por ano” é plenamente confirmada, os 1260 dias aqui mencionados representam, na verdade, 1260 anos. Portanto, para sabermos quando esse poder chegaria ao fim, basta somarmos 1260 anos ao ano 538:

538 d.C. + 1260 anos = 1798 d.C.

As matemáticas divinas indicam o ano de 1798 como o momento em que o poder político do papado seria interrompido. Os textos a seguir nos mostram como esse impressionante cumprimento profético se concretizou:

A Assembleia Constituinte publicou em 27 de agosto de 1789 os Direitos do Homem e do Cidadão, ou seja, 17 artigos nos quais se proclamavam a soberania do povo e a liberdade individual, inclusive de consciência e pensamento… Pouco depois, a Assembleia aboliu os votos monásticos e as ordens religiosas… Todos os eclesiásticos deveriam jurar obediência a essa constituição, sob pena de serem considerados perturbadores da ordem pública… Os sacerdotes que se recusaram a prestar o juramento foram condenados à deportação. Logo, as prisões começaram a se encher de eclesiásticos. Em setembro de 1792, as prisões de Paris foram atacadas por um bando de assassinos, e os prisioneiros foram mortos, entre eles três bispos e mais de duzentos sacerdotes. Esse massacre foi imitado em várias cidades… As igrejas foram saqueadas e profanadas, os padres e religiosos encarcerados em massa; em Nantes, Carrier fez desaparecer mais de duzentos no rio Loire; outros foram deportados para a Guiana, e muitos guilhotinados. Tentou-se substituir o culto cristão pelo culto à razão. Na catedral de Notre-Dame celebrou-se a festa dessa nova divindade, representada por uma atriz, que, sentada em um estrado, recebeu as adorações de seus devotos. Reformulou-se o calendário. A semana foi substituída pela década, e o décimo dia era o Dia da Pátria, reiniciado no domingo. Logo, os exércitos franceses, sob ordens de Napoleão Bonaparte, marcharam contra os Estados Pontifícios. O papa foi forçado a assinar a paz de Tolentino (1797), pela qual perdia parte de seus territórios e se comprometia a pagar uma pesada indenização de guerra. A morte do general francês Duphot em Roma deu pretexto ao Diretório francês para invadir os Estados Pontifícios com as tropas do general Berthier… Em 15 de fevereiro de 1798… o papa foi feito prisioneiro e conduzido a Valença (França), onde morreu” – Juan Manuel Pacheco S. J., Historia de la iglesia, págs. 186-190, Bedout

As Duas Fases do Papado Napoleão Bonaparte

O papado havia se extinguido: não havia um só vestígio de sua existência, e entre todas as potências católicas romanas, nem um dedo foi levantado em sua defesa. A cidade eterna não tinha mais príncipe nem pontífice; seu bispo era um cativo moribundo em um país estrangeiro; e quase foi proclamado o decreto segundo o qual não se permitiria que um sucessor fosse eleito em seu lugar” – George Trevor, Rome: From the fall of the Western Empire, pág. 440

A Europa Média pensou… que com o papa, o papado também havia morrido” – Joseph Rickaby S. J., The Modern Papacy, em Lectures on the History of Religions, tomo 3, conferência 24, pág. 1, Catholic Truth Society

Durante a Idade Média, o papado perseguiu, encarcerou e executou milhares de cristãos sinceros que se recusavam a aceitar seus dogmas. Muitos foram confinados em calabouços escuros, onde inquisidores os torturavam, exigindo que, em nome da Santa Igreja, negassem as verdades que haviam encontrado nas Escrituras (Ralph Woodrow, Babilonia Misterio Religioso, pág. 164). O que sucedeu ao catolicismo no final do século XVIII foi simplesmente o cumprimento da sentença divina, pronunciada séculos antes no livro do Apocalipse:

Apocalipse 13:9-10 – “Se alguém tem ouvidos, ouça: Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto

A Ferida Mortal

O papado, que outrora havia conseguido submeter os países da Europa – impondo e deposto reis, príncipes e governadores conforme sua vontade – perdeu, por fim, sua autoridade política. Os Estados Pontifícios lhe foram tomados, e seu poder intimidatório foi completamente anulado:

Pio VI havia morrido no cativeiro: o conclave para eleger seu sucessor se reuniu em Veneza, e depois de muitas dificuldades foi eleito papa o cardeal Bernabé Chiaramonti, que recebeu o nome de Pio VII… Napoleão, eleito imperador, quis ser coroado como tal e convidou o papa com essa finalidade a Paris… A cerimônia de coroação foi celebrada na catedral de Notre-Dame (2 de dezembro de 1804), e nela Napoleão não permitiu que o papa o coroasse; em vez disso, Napoleão o fez com suas próprias mãos… [Pouco depois] o imperador invadiu os Estados Pontifícios e os incorporou ao seu império. O papa emitiu uma bula de excomunhão contra os autores do ataque. Furioso, Napoleão capturou o papa e o levou preso a Savona (norte da Itália). Manteve-o ali sob forte vigilância… Não podia receber visitas sem a autorização de seus guardiães, nem ler ou receber cartas” – Juan Manuel Pacheco S. J., Historia de la iglesia, págs. 192-196, Bedout

Em 1870, Vítor Emanuel II deu o último passo. Suas tropas se apresentaram diante de Roma, a qual bombardearam durante cinco horas… Em 20 de setembro, o exército piemontês entrou em Roma pela brecha da Porta Pia. Era a ruína do poder temporal dos papas… O papa se considerou, a partir de então, prisioneiro do Vaticano. Os sucessores de Pio IX assumiram a mesma postura e permaneceram como prisioneiros em Roma” – Id., págs. 198-199

Segunda Fase

Ferida de Morte, mas Foi Curada

Apocalipse 13:3,14 – “E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada… a besta que recebera a ferida da espada e vivia

Esta passagem anuncia claramente que, embora o papado houvesse de morrer em decorrência da ferida recebida em 1798, ele ressuscitaria e recuperaria o poder perdido. A história confirma que foi exatamente isso que aconteceu:

Em 1926 se abriram as negociações entre a Santa Sé e o governo da Itália para solucionar a ‘questão romana’. Em 7 de fevereiro de 1929, foi assinado o Pacto de Latrão, sendo Benito Mussolini, chefe do governo, o representante da Itália. Por meio dele, foi criado o Estado soberano do Vaticano… O que garantia assim a independência material e moral do Pontificado” – Ibid. Encontrará esta mesma afirmação no Diccionario Enciclopédico Terranova, art. “Vaticano”, pág. 1461

A Restauração do Poder Papal em 1929

A história registra o ano de 1929 como o momento em que o poder temporal do papado foi restaurado. O fato de que ele ainda não tenha recuperado o mesmo nível de domínio que teve durante a Idade Média não invalida essa restauração, pois tanto o crescimento quanto a queda do papado têm sido – e continuam sendo – processos graduais.

No início da primeira fase (538 d.C.), o papado teve de depender de Justiniano para ocupar seu trono em Roma. Da mesma forma, no início da segunda fase (1929 d.C.), ele precisou do apoio de Mussolini para voltar a ocupar seu trono.

É impressionante observar como, desde fevereiro de 1929, o papado tem se reerguido de forma gradual, constante e sistemática. Não apenas recuperou parte de seus antigos territórios pontifícios, como também seu líder máximo assumiu o título de Chefe de Estado. Os textos a seguir refletem, sem dúvida, o alarmante poder e influência que o papado exerce na política mundial contemporânea:

Tem sido o Papa João Paulo II quem tem tido em suas mãos a chave para destruir o Império Soviético. Atas reveladoras do Politburo… mostram os grandes chefes do Kremlin lutando em vão para controlar o alarmante poder e influência do papa na Europa Oriental. Por outra parte, em Washington, Ronald Reagan… enviou ao diretor da CIA, William Casey, a reuniões secretas com Sua Santidade… Pouco depois… se encontraram em Roma e comprometeram imensos recursos destas duas superpotências… para reverter as divisões de Yalta e apressar a descomposição do comunismo… Com Reagan, o papa desenhou uma santa aliança contra os comunistas” – Carl Bernstein, Time, 24 de fevereiro de 1992, págs. 28-35

As Duas Fases do Papado João Paulo 2

João Paulo II, que hoje [16 de outubro de 1998] completa 20 anos de pontificado, tem ganhado seu posto na história por muitas razões adicionais ao evidente fato de ser um dos homens mais influentes de nosso tempo… Suas travessias somam o equivalente a três percursos de ida e volta à Lua, divididas em 84 viagens internacionais… Quase 550 chefes de Estado mantiveram entrevistas com o Santo Padre no Vaticano ou em seus respectivos países… João Paulo II demonstrou ser um carvalho em matéria dogmática e política… Tem sido um ativo protagonista da convulsionada vida política deste final de século. Diz-se que seu interesse por ‘libertar’ a Polônia o levou a uma aliança com a CIA nos tempos de Ronald Reagan. Certo ou não, com a peça polonesa caiu todo o dominó: o gigante soviético, que durante quatro décadas assustou o Ocidente, foi derrubado em meses” – O Estado de S. Paulo, 16 de outubro de 1998, caderno especial

O Retorno do Papado

Vemos aqui algumas coisas impressionantes: reuniões secretas com a CIA… duas superpotências… uma santa aliança… o Kremlin lutando em vão para conter o alarmante poder e influência do papa na Europa Oriental… João Paulo II derrubando o Império Soviético… quase 550 chefes de Estado mantendo entrevistas com o papa… um “carvalho” em matéria dogmática e política….

Essas evidências provam que o papado se recuperou satisfatoriamente de sua ferida mortal e que está, atualmente, buscando alcançar supremacia sobre as nações do mundo. Mas até quando durará sua hegemonia? Leiamos:

Apocalipse 19:11,19-20 – “E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército. E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre

O Rei que monta o cavalo branco e seus exércitos representam Jesus Cristo e seus anjos, vindo para guerrear contra a besta. Como resultado dessa guerra, a besta será lançada no lago de fogo e enxofre, onde será destruída para sempre. Portanto, a segunda fase desse poder terminará com a segunda vinda de Cristo.

O diagrama a seguir resume o que estudamos neste capítulo sobre os períodos envolvidos na trajetória política e religiosa do papado:

As Duas Fases do Papado

Conclusão: Duas Fases do Papado

Ao longo deste estudo, analisamos As Duas Fases do Papado, desde sua ascensão no cenário político da Europa, sua queda profetizada em 1798 e a impressionante restauração de sua influência ao longo do século XX. Vimos como eventos históricos específicos se alinham com as profecias bíblicas e como o papado tem gradualmente recuperado seu poder e prestígio entre as nações. Compreendemos que a atuação desse poder não apenas faz parte do passado, mas continua a ter relevância no presente e terá um papel central nos acontecimentos finais, conforme revelado nas Escrituras.

Sugiro a Continuação desse Estudo em:

https://biblianamao.com.br/no-limiar-do-tempo-do-fim-os-estados-unidos-na-profecia-parte-1-apocalipse-13

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